O Mar Vermelho; libertação de Israel

Consagrados a Deus através do cordeiro

Em memória a libertação dos israelitas da escravidão no Egito, os primogênitos foram separados para o Senhor; a suas vidas foram preservadas através do resgate da expiação, simbolizando o que no devido tempo seria feito por Cristo a todo pecador. Eles assim como nos hoje, também tiveram suas vidas, resgatadas da morte, e deveriam agora ser consagrados ao serviço de Deus. Aquilo que, por misericórdia especial fora poupado; ou seja a vida, por que como pecadores todos eramos dignos de morte, mas tanto eles como nós fomos poupados pelo sangue do cordeiro, então nossa vida deve ser aplicada agora para honrar a Deus, por isto está escrito: “...Sede santos, porque eu sou santo...” (1 Pedro 1:16), sendo que a raiz etimológica da palavra santo que quer dizer separado, consagrado, e é exatamente isto que nos pede (seja separado para Deus, entregue sua vida a Deus, seja consagrado a Deus). Os israelitas deveriam manter a lembrança de sua saída do Egito anualmente. Assim como para nos cristãos a morte e ressurreição de Cristo é para ser lembrada e comemorada, pois nele também fomos ressuscitados, e resgatado da casa da servidão do pecado e da morte. Aos israelitas foi ordenado celebrar a festa dos pães ázimos. Sob o Evangelho, não devemos apenas lembrar Cristo, mas também guardar seus ensinamentos e a lei de Deus no coração e não somente praticá-la, mas também devemos tê-la em nossa boca, para ensinar aos outros, como bem nos é alertado nas Escrituras dizendo: “...Procura apresentar-te diante de Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade...” (2 Timóteo 2:15). 

Tomando o caminho mais longo

Deus não conduziu o povo pelo caminho das terras dos filisteus, os israelitas foram obrigados a iniciar a sua viagem para a terra prometida pelo caminho mais longo afim de não serem desencorajados por uma guerra com os filisteus e se rebelarem contra Moisés e Arão, desejando voltar para o Egito. Sua longa escravidão havia degradado suas mentes e eles eram incapazes de qualquer grande ou nobres esforços, a consequência infalível da escravidão, pode ser responsável por muitos de seus atos, murmurações, e lembranças do Egito. O leitor é convidado a ter isso em mente, pois isso vai servir para elucidar várias circunstâncias na história que se seguiu. Além disso, os israelitas estavam desarmados e totalmente despreparados para uma batalha, sobrecarregados com seus rebanhos, e certos utensílios culinários que eles eram obrigados a levar com eles no deserto, para proporcionar-lhes pão, etc. Deus nem sempre faz as coisas da maneira que parece ser a melhor para nós, Ele sempre agira de uma forma a nos preservar de consequências desagradáveis e perigosas, “...E sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito...” (Romanos 8:28). Muitas vezes podemos ver um jeito mais rápido, mais pratico, mais agradável, mas que pode não ser o caminho de Deus. Deus não guiou os israelitas diretamente do Egito para a terra prometida, como todos poderíamos imaginar, mas Ele (Deus) conduziu o povo pelo caminho mais longo para evitar a luta contra os filisteus, ou seja; estava protegendo o povo, em contrapartida ao longo caminho, deu-lhes uma coluna de nuvem e uma coluna de fogo, para que eles soubessem que durante o dia e a noite Deus estava com eles em sua jornada. Da mesma forma, quando seguimos o caminho de Deus, ele caminha junto com a gente. Sua presença conosco na viagem é mais importante que qualquer outra coisa, até mesmo do próprio destino. Deus pode ver o fim da jornada desde o início, e ele vai sempre nos acompanhar devemos apenas confiar nas palavras de Cristo, afinal Ele mesmo deu sua Palavra dizendo: “...eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos...” (Mateus 28:20). Assim como os hebreus olharam para a nuvem e a coluna de fogo, você pode olhar para a Palavra de Deus dia e noite como "uma lâmpada para guiar seus pés" (Salmo 119:105). E o Espírito Santo "vos ensinará tudo e vos fará lembrar de tudo o que disse Jesus" (João 14:26).

A mente de Faraó e os temores de Israel

Embora contrariado em deixar o povo de Israel partir, agora Faraó estava com seu coração endurecido, e voltou a perseguir o povo pensando que o deserto os havia confundido, tornando-os uma presa fácil. Mas Deus ao contrario dizia: “..glorificar-me-ei em Faraó, e em todo o seu exército; e saberão os egípcios que eu sou o Senhor...” (Êxodo 14:4). Da mesma forma os que lutam pela ruína da verdadeira e Espiritual Igreja Cristo, acabarão por contemplar a sua própria ruína. Enquanto Faraó gabava-se de sua maldade e vingança, Deus promoveu os efeito da sua justiça sobre ele; Deus faz com que a inveja e a raiva dos homens contra o seu povo, torne-se em tormento para suas próprias vidas. Dessa forma devemos saber que assim como foram perseguidos os israelitas, todos aqueles que desejam estar com o seu rosto para as coisa do alto, e querem viver piedosamente em Cristo Jesus, serão atacados por tentações e terrores de satanás e seus adeptos nesta terra. Mas; “...Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos céus! Bem-aventurados sereis quando vos caluniarem, quando vos perseguirem e disserem falsamente todo o mal contra vós por causa de mim. Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus, pois assim perseguiram os profetas que vieram antes de vós...” (Mateus 5:9-12).


Não havia um caminho fácil para Israel, estavam cercados por todos os lados, mas quando clamaram por Deus, a sua libertação veio imediatamente. Podemos também estar no caminho correto, seguindo a Deus, e caminhando para o céu, mas ainda assim, ser perturbado por todos os lados mas Deus certamente concedera o livramento. Preso contra o mar, os israelitas observavam o exército egípcio caminhando para os matar e aprisionar, e mesmo depois de assistir a poderosa mão de Deus livrá-los do Egito, eles pensavam que estavam condenados e responderam com medo, lamentando, e desespero. Esta narrativa fica como uma experiencia para nossa vida, com isto devemos nos perguntar: Onde esta a minha confiança em Deus hoje? Israel teve que aprender com repetidas experiências de que Deus era capaz de protegê-los. O povo era hostil, resmungadores e desesperados, mas Moisés encorajou-os a observar a maneira maravilhosa que Deus iria resgatá-los quando tudo parecia que estava perdido, Moisés clamou a Deus para intervir, este é o exemplo que devemos tomar para nossa vida; e não a surpreendente falta de fé por parte do povo. No entanto, muitas vezes, fazemos o mesmo, reclamando sobre pequenas inconveniências ou desconfortos. Os israelitas estavam prestes a aprender algumas lições difíceis, se eles tivessem confiado em Deus, teriam sido poupados de muito sofrimento; e Deus preservou esses exemplos na Bíblia, para que possamos aprender a confiar nele logo de inicio e observando a fidelidade de Deus no passado, possamos enfrentar as crises com confiança e não com medo e reclamando; em vez de ceder ao desespero, devemos ouvir as palavras de Moisés que dizia ao povo: "...Não temais! Tende ânimo, e vereis a libertação que o Senhor vai operar hoje em vosso favor. Os egípcios = (problemas, crises, etc) que hoje vedes, não os tornareis a ver jamais. O Senhor combaterá por vós; quanto a vós, nada tereis a fazer..." (Êxodo 14:13-14).

Intervenção Divina - Mexa-se!

O Senhor disse a Moisés: “...Por que clamas a mim? Dize aos filhos de Israel que se ponham a caminho...” (Êxodo 14:15). O livro de Eclesiastes 3:1, nos informa que: “...Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu...”; da mesma forma isto se da com a oração; mexa-se!!! A oração ilustra nossa dependência de Deus, mas a ação mostra que vivemos pela fé. Às vezes sabemos o que fazer, mas passamos dias orando por orientação de Deus, sendo que talvez assim como Moisés, já é hora de darmos alguns passos na fé; muitas vezes não podemos ver como vamos sair ou passar pelo nossos mares tenebrosos e vermelhos, mas quando nos levantamos e marchamos com confiança em Deus, chegamos ao outro lado ecoando como o salmista que dizia: "...No redemoinho, estrondou o teu trovão, os teus relâmpagos iluminaram o mundo; a terra tremeu e sacudiu-se. A tua vereda passou pelo mar, o teu caminho pelas águas poderosas, e ninguém viu as tuas pegadas..." (Salmo 77:19).

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