A união com o Pai: Somente através do Filho.

A perfeita união com Cristo

No momento em que aceitamos Cristo como nosso salvador, somos levados a um relacionamento espiritual com Deus. A fé é o meio pela qual essa união espiritual é estabelecida e mantida. Nossa salvação, nossa vida e todas as bênçãos vêm através de Cristo e assim nos tornamos então um só corpo em comunhão pela fé. “...Mas agora, sem lei, tem-se manifestado a justiça de Deus, que é atestada pela lei e pelos profetas; isto é, a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo para todos os que creem; pois não há distinção. Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus; sendo justificados gratuitamente pela sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus, ao qual Deus propôs como propiciação, pela fé, no seu sangue, para demonstração da sua justiça por ter ele na sua paciência, deixado de lado os delitos outrora cometidos; para demonstração da sua justiça neste tempo presente, para que ele seja justo e também justificador daquele que tem fé em Jesus...” (Romanos 3:21-26). A proximidade da relação entre Cristo e o crente é quase indescritível. Paulo destaca esta proximidade como uma relação viva com Cristo. Ele habita em nós e nós n'Ele. Nós morremos para o pecado nEle. Fomos crucificados com ele. Fomos vivificados nEle. Nós somos batizados nele e na sua morte. Cristo é a cabeça e os crentes constituem o corpo. Ele é o fundamento e o Seu povo o edifício. Ele é o marido e seu povo a esposa. Paulo descreve essa união vital com o Cristo vivo, como uma união com Deus. A importância desta união com Cristo é que nele podemos conhecer a Deus em tudo o que é humanamente possível nesta terra. É uma decisão entre o conhecer a Deus em Cristo ou não conhecê-lo; porque “...em nenhum outro há salvação; porque debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, em que devamos ser salvos. (...); Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim (…); Eu não estou mais no mundo; mas eles estão no mundo, e eu vou para ti. Pai santo, guarda-os no teu nome, o qual me deste, para que eles sejam um, assim como nós...” (Atos 4:12; João 14:6; João 17:1). 

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A importância do novo nascimento na união

Esta união com Cristo só será possível a parti de uma experiência espiritual e pessoal com Deus. Sem esta regeneração espiritual, não há vida em Cristo, como Ele mesmo afirmou dizendo: “...Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus...” (João 3:3). A nossa união espiritual com Deus gira em torno da questão de como podemos ser recebidos por Ele. Isto depende de nós mesmos, ou apenas do que Jesus Cristo fez por nós? A resposta é simples; se fossemos esperar ter um relacionamento com Deus com base no que fazemos por nossas obras, não haveria necessidade da cruz, e seriamos justificados pelas obras, algo que comprovadamente não deu certo. No entanto, se estamos buscando um relacionamento correto com Deus, devemos buscar unicamente com base no que Cristo fez por nós, então somos justificados pela fé, exatamente por isto a Bíblia diz que, “...sem fé é impossível agradar a Deus; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam...” (Hebreus 11:6). A justificação pela fé significa que somente Cristo proporciona a salvação. Nós como pecadores culpados devemos aceitar o sacrifício e a justiça de Cristo como o único fundamento da nossa esperança de receber o favor de Deus e a vida eterna. Nós, como cristãos instruídos pela palavra de Deus aceitamos que a salvação é somente pela graça através da fé em Cristo Jesus. Isso significa pleitear os méritos de Jesus Cristo, diante do trono da graça em vez de nossos próprios méritos ou boas obras, virtude, caráter, etc. Deus fez uma provisão perfeita pela qual Ele pode judicialmente absolver o pecador culpado. “...Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna...” (João 3:16). Não há justificação para os pecadores, exceto pela fé. O pecador definitivamente não pode por si próprio, ou mesmo por suas boas obras, justificar a si próprio. O homem pecador deve ir além de si mesmo para encontrar algo que possa oferecer como justiça a Deus; e á apenas um lugar para se encontrar tal justiça e está na pessoa de Jesus Cristo.

A união com Deus é Somente pela Graça

Através da graça, nos é fornecida uma porta aberta de acesso para a presença de Deus. Somente aqueles que creem em Cristo entrarão na presença de Deus. “...Justificados, pois, pela fé, tenhamos paz com Deus, por nosso Senhor Jesus Cristo, por quem obtivemos também nosso acesso pela fé a esta graça, na qual estamos firmes, e gloriemo-nos na esperança da glória de Deus...” (Romanos 5:1-2). Outra coisa maravilhosa que o apóstolo Paulo enfatiza é que não somos apenas salvos pela graça, mas agora estamos também em graça. Esta é a nossa nova posição em Cristo. O crente em Cristo é envolvido na graça divina em cada momento e situação na vida. A mesma graça que nos salva agora nos sustenta. Devido a esta posição legal diante de Deus estamos vitalmente em união ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Devido a essa união vital com Cristo, o crente participa de tudo o que Cristo é. Ele "...nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo..." (Efésios 1:3; 2:6).

Entre as várias formas de que nossa união espiritual com Jesus Cristo é ilustrada nas Escrituras Sagradas, podemos ter plena certeza e convicção de que está é uma posição legal e de direito. A justificação é pela fé e concomitante com a regeneração (2 Co 5:17), que Deus opera em nós por sua vontade (João 1:13). O resultado dessa justificação e regeneração é que o pecador se converte do seu pecado e por isto passa a fazer boas obras. Mas não é através dessas obras que ganhamos o direito e nosso lugar com Deus. Jesus comprou-nos este direito através da cruz. Tudo o que precisamos, e temos que fazer é crer em Jesus, e seguir seus ensinamentos. Esta é a verdadeira fé com a justificação diante de Deus e regeneração no novo crente, resultando em boas obras.

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